domingo, 4 de dezembro de 2011

Larissa e Lucas - Avaliações institucionais para escolas públicas e particulares

Introdução
 O trabalho em questão visa mostrar alguns tipos de avaliações instituídas para as escolas públicas e para as escolas particulares. O SARESP, OBMEP, ENEM, ENADE, ENCCEJA, Prova Brasil e Saeb são alguns exemplos.
            Será mostrado o que elas privilegiam, os objetivos, quem é o público alvo de cada uma delas e até mesmo o que se pode conseguir a partir de um bom resultado de uma delas.
            No caso da olímpiada será especificado: fases, prêmios, benefícios, etc.
            Apenas serão colocados os pontos característicos de cada uma delas, não aprofundaremos em uma discussão.

 SARESP

            O QUE É SARESP?
            O Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) é uma avaliação aplicada aos estudos do ensino fundamental e médio do Estado de São Paulo. O resultado da prova, combinado ao fluxo de alunos de cada escola, compõe o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo), indicador que avalia a qualidade da educação no Estado.

            PARA QUE SERVE?
            Mais do que avaliar as escolas, ele ajuda a monitorar e a traçar planos e metas para o ensino das escolas públicas paulistas. "Com base nos resultados do Saresp as equipes das escolas podem aprimorar seus projetos pedagógicos e enfrentar os problemas identificados na avaliação, para que seja possível aprimorar a aprendizagem dos alunos.", diz Maria Helena Guimarães, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo, criadora da avaliação.

            PORQUE É IMPORTANTE FAZER ESSA AVALIAÇÃO?
            Mesmo que a nota não entre no boletim, a avaliação é importante para avaliar os sistemas de ensino paulistas e nortear políticas públicas da área educacional no Estado. Com os resultados, os educadores passam a contar com informações sobre as dificuldades apresentadas pelos alunos e podem buscar melhores estratégias de ensino.

            QUEM DEVE FAZER A PROVA?
            No antigo sistema o Saresp era aplicado aos alunos da 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio. Escolas particulares e municipais podem participar do Saresp.

            O QUE AVALIA?
            São cobradas as competências e habilidades que se espera que os alunos tenham desenvolvido até o final de cada ciclo do ensino. Essas habilidades estão previstas pelas Matrizes de Referências da Avaliação do currículo do Estado de São Paulo e em consonância com as exigidas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. "O currículo define as expectativas de aprendizagem com aquilo que se espera que os alunos aprendam no final de cada ciclo", explica Maria Helena Guimarães, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo, criadora do Saresp.

           

            QUAL É O PAPEL DOS PAIS NA APLICAÇÃO DO SARESP?
            Além da prova, pais e alunos têm de responder um questionário socioeconômico e dizer quais são suas expectativas em relação às escolas. O objetivo é traçar um perfil detalhado da situação social, econômica e cultural das famílias dos alunos da rede estadual. Dessa maneira pretende-se conseguir um diagnóstico mais preciso das reais necessidades dessas pessoas. Portanto é preciso responder com seriedade ao questionário.

OBMEP

            PARTICIPANTES
·         Estudantes de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental;
·         Estudantes do Ensino Médio;
·         Estudantes das escolas públicas municipais, estaduais e federais.
·         65 mil escolas públicas municipais, estaduais e federais.

            OBJETIVOS:
·         Estimular e promover o estudo da Matemática entre alunos das escolas públicas;
·         Identificar jovens talentos e fornecer oportunidades para seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas;
·         Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo assim para a sua valorização profissional;
·         Contribuir para a melhoria do ensino da Matemática na rede pública;
·         Contribuir para a integração entre as escolas públicas, as universidades federais, os institutos de pesquisa e as sociedades científicas.

            PÚBLICO ALVO (Participantes das Olimpíadas):
·         Estudantes de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental das escolas públicas;
·         Estudantes de qualquer série de Ensino Médio das escolas públicas;
·         Responsáveis pelas inscrições;
·         Direção das escolas responsáveis pelas inscrições dos alunos na primeira fase;
·         Professores de matemática das escolas;
·         Prefeitos e secretários municipais de educação.

            DESCRIÇÃO DA OBMEP
            1.  LANÇAMENTO
·         Envio de envelope às escolas com material promocional e informativo e ficha de inscrição;
·         Lançamento oficial pelo Presidente da República;
·         Veiculação de filme nacional;
·         Inscrições pelas direções das escolas.

            2. CARACTERÍSTICAS
            2.1 OBMEP é realizada de acordo com os níveis de escolaridade:
·         Nível I = provas para 5ª ou 6ª séries do ensino Fundamental;
·         Nível II = provas para7ª ou 8ª séries do ensino Fundamental;
·         Nível III = provas para todas as séries do ensino médio.
           
            2.2 Primeira fase - realização das provas
·         Todos os alunos podem ser inscritos;
·         Aplicação de Prova de múltipla escolha para todos os inscritos, com até 2 horas e trinta minutos de duração;
·         Aplicação e correção das provas pelos professores das próprias escolas,  seguindo instruções e gabarito disponibilizados pela OBMEP;
·         Inscrições dos alunos para a Segunda Fase realizadas pelas escolas e enviadas através da Ficha de Inscrição ou pela Internet; 
·         Cada escola enviará a relação dos alunos classificados com o respectivo cartão de respostas da primeira fase de cada um desses alunos, por via postal.
           
            2.3. Segunda fase – realização de provas
·         Aplicação de provas em 5% (cinco por cento) dos alunos inscritos, com melhor desempenho na primeira fase, em locais divulgados em tempo hábil;
·         Prova dissertativa para os classificados da primeira fase, com até 3 horas de duração;
·         A aplicação e a correção serão feitas, respectivamente, por fiscais e professores indicados pela Direção da OBMEP.

            3. PREMIAÇÃO
            3.1 Alunos premiados:
·         300 medalhas de ouro (primeira classificação em âmbito nacional):
100 primeiras colocações Nível I;
100 primeiras colocações Nível II;
100 primeiras colocações Nível III.
·         405 medalhas de prata (segunda classificação em âmbito estadual e municipal):
15 primeiros colocados com maior pontuação em cada estado (21)
5 primeiras colocações Nível I;
5 primeiras colocações Nível II;
5 primeiras colocações Nível III. 
15 classificados em 21 estados = 405
·         30 mil Menções Honrosas (quarta classificação em âmbito estadual e municipal):
30 mil alunos com a maior pontuação de todos os estados concedido de modo proporcional ao número de alunos inscritos da UF no nível correspondente.

·         2.001 Bolsas de Iniciação Científica Júnior, do CNPq, com vigência  de 01 ano (quinta classificação – a maior pontuação obtida):
300 alunos premiados com medalhas de ouro;
405 alunos premiados com medalha de prata;
            1296 alunos das escolas municipais e estaduais (432 alunos de cada nível (3)).

            2.2 Professores premiados:
·         Estágio de 15 dias, no IMPA:
100 Professores: de cada aluno contemplado com medalha, obedecendo à pontuação;
27 professores (1 de cada estado) que obtiver o maior pontuação;
73 professores com  maior número de pontos no cômputo nacional.

            2.3 Escolas premiadas:
·         100 escolas escolhidas por pontuação, conforme premiação de alunos:
Laboratório de Computação:
27 escolas que obtiverem maior pontuação.
Certificados de Mérito Nacional:
27 escolas premiadas com o Laboratório de Computação;
73 escolas municipais, estaduais ou federais, que obtiveram maior pontuação, independentemente da UF.

            2.4 Municípios premiados:
·         5 quadras de esportes para cada Região 
5 municípios da escola municipal ou estadual que obtiver o maior número de pontos em sua região geográfica (Norte, Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste)
·         50 Certificados de Mérito Nacional
50 municípios das escolas municipais ou estaduais com maior pontuação em suas respectivas UFs (27 municípios, um para cada UF), e a 23 outros municípios cujas escolas municipais ou estaduais tenham recebido o maior número de pontos, no cômputo nacional, independentemente da UF.

ENEM
            
           O QUE É O ENEM?
            É um exame individual, de caráter voluntário, oferecido anualmente aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.
            COMO É A PROVA?
            A prova do Enem é interdisciplinar e contextualizada. O Enem coloca o estudante diante de situações-problemas e pede que mais do que saber conceitos, ele saiba aplicá-los.
            QUAL SUA META?
            O Enem tem como meta possibilitar a participação em programas governamentais de acesso ao ensino superior, como o ProUni, por exemplo, que utiliza os resultados do Exame como pré-requisito para a distribuição de bolsas de ensino em instituições privadas de ensino superior.
            OS ALUNOS DO 1º E DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO PODEM FAZER O ENEM?
            O Enem foi criado especificamente para os estudantes que estão no último ano ou que já concluíram o ensino médio. O Ministério da Educação aconselha que os alunos prestem o Exame no período mais adequado, que é o ano de conclusão desse nível de ensino.
            PODE-SE FAZER O ENEM MAIS DE UMA VEZ?
            Todos aqueles que já realizaram o Enem em anos anteriores podem participar.
            EM QUE CASOS A INSCRIÇÃO PARA O ENEM SERÁ GRATUITA?
·         Alunos do terceiro ano do ensino médio de instituições públicas de ensino: federais, estaduais e municipais.
·         Estudantes carentes do terceiro ano da rede particular, mediante preenchimento de Declaração de Carência impressa no verso da ficha de inscrição, desde que nela constem assinatura e carimbo da direção da escola atestando a carência.
·         Egressos, ou seja, pessoas que concluíram o ensino médio em anos anteriores e que não tiverem condições de pagar a taxa de inscrição, desde que preencham e assinem a declaração de carência impressa no verso da ficha.
            O ENEM VAI SUBSTITUIR O VESTIBULAR?
            O Enem substitui o vestibular apenas nas Universidades ou Instituições de Educação Superior que assim o desejarem, pois essas instituições são autônomas e cabe a elas decidir se utilizarão os resultados do Enem e de que forma isso será feito.   Atualmente já são cerca de 550 Instituições de Educação Superior, entre públicas e privadas, que utilizam de alguma forma a nota do Enem em seu processo seletivo.
            ProUni – Programa Universidade para Todos
            Entre os incentivos para que se faça o Enem, está na possibilidade de se candidatar a uma bolsa do ProUni – Programa Universidade para Todos – e, assim, aumentar a sua chance de cursar a faculdade. Isso porque somente participantes do Enem podem se inscrever ao Programa – uma vez atendidas as demais exigências.
            ProUni – Programa Universidade para Todos
            O ProUni concede bolsas de estudos integrais e parciais para estudantes de baixa renda, nos cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.

ENADE

            O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é um dos procedimentos de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Enade é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), segundo diretrizes estabelecidas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), órgão colegiado de coordenação e supervisão do Sinaes. O Enade tem como objetivo o acompanhamento do processo de aprendizagem e do desempenho acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação, suas habilidades para ajustamento às exigências decorrentes da evolução do conhecimento e suas competências para compreender temas exteriores ao âmbito específico de sua profissão, ligados à realidade brasileira e mundial e a outras áreas do conhecimento. Seus resultados poderão produzir dados por instituição de educação superior, categoria administrativa, organização acadêmica, município, estado, região geográfica e Brasil. Assim, serão construídos referenciais que permitam a definição de ações voltadas à melhoria da qualidade dos cursos de graduação por parte de professores, técnicos, dirigentes e autoridades educacionais.
            O Enade é desenvolvido com o apoio técnico de Comissões Assessoras de Avaliação de Áreas e Comissão Assessora de Avaliação da Formação Geral. Essas comissões, compostas por especialistas de notório saber, atuantes na área, são responsáveis pela determinação das competências, conhecimentos, saberes e habilidades a serem avaliadas e todas as especificações necessárias à elaboração da prova a ser aplicada pelo Enade. Serão avaliados  os estudantes dos cursos que:
·         Conferem diploma de bacharel em Arquitetura e Urbanismo e Engenharia;
·         Conferem diploma de bacharel ou licenciatura em Biologia, Ciências Sociais, Computação, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Química;
·         Conferem diploma de licenciatura em Pedagogia, Educação Física, Artes Visuais e Música;
·         Conferem diploma de tecnólogo em Alimentos, Construção de Edifícios, Automação Industrial, Gestão da Produção Industrial, Manutenção Industrial, Processos Químicos, Fabricação Mecânica, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Redes de Computadores e Saneamento Ambiental.

ENCCEJA

            O Inep realiza exames que além de diagnosticar a educação básica brasileira possibilitam meios para certificar saberes adquiridos tanto em ambientes escolares quanto extraescolares. O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) é um desses exames.
            O exame é aplicado para avaliar jovens e adultos que não concluíram os estudos em idade apropriada. Pode ser realizado para pleitear certificação em nível de conclusão do Ensino Fundamental para quem tem no mínimo 15 anos completos na data de realização do Exame residentes no Brasil ou no exterior.
            O Encceja tem como principal objetivo construir uma referência nacional de educação para jovens e adultos por meio da avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, entre outros.
            Ao inscrever-se você deve indicar se deseja realizar uma ou mais provas do exame. O Encceja constitui-se de questões estruturadas da seguinte forma:
            Para o ensino fundamental:
·         Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna (Inglês), Artes, Educação Física e Redação;
·         Matemática;
·         Historia e Geografia;
·         Ciências Naturais.
            E para o ensino médio (apenas para os brasileiros residentes no exterior):
·         Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
·         Matemática e suas Tecnologias;
·         Ciências Humanas e suas Tecnologias;
·         Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
            Para se preparar para o exame, o Inep disponibiliza em sua página o material didático pedagógico de apoio aos candidatos e professores que é composto por: um volume introdutório, quatro volumes de orientações aos professores, oito volumes de orientações para o estudante (quatro para o ensino fundamental e quatro para o ensino médio). A Matriz de Competências e Habilidades, com 45 habilidades, também continua subsidiando o estudo individual.
            As competências do sujeito são eixos cognitivos que, referem-se também ao domínio de linguagens, compreensão de fenômenos, enfrentamento e resolução de situações-problema, capacidade de argumentação e elaboração de propostas. Dessas interações resultam, em cada área, habilidades que são avaliadas por meio das 30 questões objetivas (múltipla escolha) e pela produção de um texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo, a partir de um tema de ordem social, cientifica, cultural ou política (redação).
            Para pleitear a certificação deve-se obter nas avaliações, no mínimo, o nível 100 (cem), em uma escala de proficiência que varia do nível 60 ao nível 180, com desvio padrão de 20 pontos. O nível 100 dessa escala significa que você desenvolveu as habilidades mínimas necessárias para obter a certificação.
            A Matriz de Competências e Habilidades, com 45 habilidades, continua subsidiando o estudo individual dos participantes, bem como o trabalho desenvolvido pelos professores no preparo dos alunos, conforme o material didático elaborado pelo Inep, composto de 13 volumes.

SAEB

            1 – O QUE É A PROVA BRASIL E O QUE É SAEB?
            São avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Inep/MEC, que objetivam avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos.
            Nos testes, os estudantes respondem a itens (questões) de Língua Portuguesa, com foco em leitura, e Matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho.
            Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho.
            2 – PARA QUE SERVEM A PROVA BRASIL E O SAEB?
            A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.
            As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
            Além disto, os dados também estão disponíveis a toda a sociedade que, a partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo. No caso da Prova Brasil ainda pode ser observado o desempenho específico das escolas públicas urbanas do País.
            Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo, ou seja, pode-se acompanhar a evolução dos desempenhos das escolas, das redes e do sistema como um todo.
            3 – QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELAS?
            A base metodológica das duas provas é a mesma, a diferença está na população de estudantes aos quais são aplicadas e, consequentemente, aos resultados que cada uma oferece. Ambas avaliam as mesmas disciplinas, Língua Portuguesa e Matemática.   A Prova Brasil avalia alunos de 5° e 9° anos do ensino fundamental, da rede pública e urbana de ensino. Considerando este universo de referência, a avaliação é censitária, e assim oferece resultados de cada escola participante, das redes no âmbito dos municípios, dos estados, das regiões e do Brasil.
            O Saeb, por sua vez, é uma avaliação por amostra, isso significa que nem todas as turmas e estudantes das séries avaliadas participam da prova. A amostra de turmas e escolas sorteadas para participarem do Saeb é representativa das redes estadual, municipal e particular no âmbito do País, das regiões e dos estados. Dessa forma, não há resultado do Saeb por escola e por município.
            Participam do Saeb alunos de 5°e 9° anos do ensino fundamental, e também os da 3ª série do ensino médio regular, tanto da rede pública quanto da rede privada, em área urbana e rural (neste último caso, apenas para a 5° ano, no nível das regiões geográficas). Os resultados do Saeb, em conjunto com as taxas de aprovação escolar, são a base de cálculo para o Ideb de cada estado e do Distrito Federal e, consequentemente, do Brasil. 

            4 – NO QUE ESSAS AVALIAÇÕES DIFEREM DAS PROVAS TRADICIONAIS/CLÁSSICAS?
            Diferentemente das provas que o professor aplica em sala de aula, a metodologia adotada na construção e aplicação dos testes do Saeb e Prova Brasil é adequada para avaliar redes ou sistemas de ensino, e não alunos individualmente.
            Os resultados são produzidos a partir da aferição das habilidades e competências propostas nos currículos para serem desenvolvidas pelos alunos em determinada etapa da educação formal. Como os currículos são muito extensos, um aluno não responde a todas as habilidades neles previstas, em uma única prova. Um conjunto de alunos responde a várias provas. Desta forma, os resultados não refletem a porcentagem de acertos de um aluno respondendo a uma prova, mas a de um conjunto de alunos, respondendo às habilidades do currículo proposto, distribuídas em várias provas diferentes.
            Como cada grupo de alunos representa uma unidade dentro do sistema de ensino, por exemplo, uma escola ou uma rede, tem-se o resultado para cada unidade prevista e não para os alunos individualmente.
            5 – O QUE CAI NAS PROVAS?
            A Prova Brasil e o Saeb são avaliações elaboradas a partir de Matrizes de Referência, um documento onde estão descritas as habilidades a serem avaliadas e as orientações para a elaboração das questões. Essas matrizes reúnem o conteúdo a ser avaliado em cada disciplina e série.
            A construção das Matrizes de Referência teve como base a consulta aos Parâmetros Curriculares Nacionais e as propostas curriculares dos estados brasileiros e de alguns municípios, alcançando-se uma síntese do que havia de comum entre elas. Para estabelecimento das matrizes também foram consultados professores das redes municipal, estadual e privada na 5° e 9° anos do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Foi realizado, ainda, exame de livros didáticos mais utilizados nas mesmas redes e séries. Em seguida, foram incorporadas análises de professores e especialistas nas áreas do conhecimento avaliadas. A opção teórica adotada é a que pressupõe a existência de competências cognitivas e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno no processo de ensino-aprendizagem.

            6 – AS MATRIZES DE REFERÊNCIA SÃO EQUIVALENTES ÀS MATRIZES CURRICULARES?
            As matrizes de referência não podem ser confundidas com as matrizes curriculares, pois não englobam todo o currículo escolar. Também não podem ser confundidas com procedimentos ou estratégias de ensino.
            Para elaborar as matrizes de referência, foi feito um recorte com base no que pode ser aferido por meio dos instrumentos utilizados no Saeb e na Prova Brasil. As matrizes de referência estão subdivididas em tópicos ou temas e estes, em descritores.
            Cada descritor é uma associação entre conteúdos curriculares e operações mentais desenvolvidas pelos alunos que traduzem certas competências e habilidades. Os descritores, portanto, especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a construção dos itens de testes das diferentes disciplinas. Cada descritor dá origem a diferentes itens e, a partir das respostas dadas a eles, verificam-se quais habilidades os alunos efetivamente desenvolveram.

            7 – AS ESCOLAS SÃO OBRIGADAS A PARTICIPAR?
            A participação no Saeb e na Prova Brasil é voluntária. Para o Saeb, são feitos sorteios das escolas que irão participar da avaliação. Quanto à Prova Brasil, a adesão é feita pelas secretarias estaduais e municipais de educação. Cabe ressaltar, porém, que o comprometimento dos participantes é fundamental para a qualidade dos resultados apurados, e é fundamental para que a escola ou rede participe para que tenha seu Ideb calculado.

            8 – QUAL É A PARTICIPAÇÃO DAS SECRETARIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO?
            As secretarias de Educação são o elo de ligação do Inep/MEC com todas as escolas avaliadas, sejam estaduais, municipais ou particulares (no caso do Saeb), e ajudam a articular a aplicação da prova no estado.

            9 – COMO A PROVA É ORGANIZADA?
            Ao todo, são confeccionados 21 tipos diferentes de cadernos de prova para cada série, sendo que cada aluno responde a apenas um caderno de prova. Desta forma, dois alunos não respondem necessariamente às mesmas questões.
            Cada caderno de prova é constituído por quatro blocos, sendo que dois são destinados a respostas de Língua Portuguesa e os outros dois abordam questões de Matemática. Os testes são de múltipla escolha, com quatro ou cinco alternativas de resposta para cada questão, sendo que apenas uma está correta.
            Os alunos de 5° ano responderão a 22 itens de português e a 22 itens de matemática. Já os estudantes de 9° ano e do 3º ano do ensino médio responderão a 26 itens de português e a 26 de matemática. O tempo total estipulado para a realização das provas é de 2 horas e 30 minutos.
            Existem, no total, 77 itens de cada disciplina na 4ª série e 91 itens de cada disciplina na 8ª série do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio distribuídos pelos 21 cadernos de prova.

            10 – COMO É A APLICAÇÃO DA PROVA?
            As provas são aplicadas por profissionais de uma empresa contratada exclusivamente para esse fim. Esses aplicadores são treinados e capacitados para manterem os critérios e a padronização dos testes em âmbito nacional. As datas e os horários das provas são agendados pelos aplicadores, que entram em contato com as escolas.
            Durante a realização das provas para os alunos de 5° ano, caberá ao aplicador ler as orientações dos testes e explicar a forma de preenchimento das respostas. No entanto, as questões das provas não serão lidas pelo aplicador.
            Para os alunos de 9° ano e do 3º anos do Ensino Médio, os aplicadores farão apenas a leitura das orientações do teste. Caberá aos próprios alunos lerem os procedimentos para preenchimento do formulário de respostas e a interpretação das questões.
            Crianças portadoras de necessidades especiais também poderão participar das avaliações.

            11 – ALÉM DAS PROVAS, OS ESTUDANTES RESPONDEM A OUTROS QUESTIONÁRIOS?
            Sim. Logo após a realização dos testes, os alunos deverão responder a um questionário socioeconômico e cultural, com 44 questões, que serve para a caracterização dos estudantes.
            Professores de Língua Portuguesa e Matemática das séries avaliadas, além dos diretores das escolas, também são convidados a responder questionários que possibilitam conhecer a formação profissional, práticas pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos de liderança e formas de gestão. Os questionários destinados aos professores e diretores são entregues pelos aplicadores antes da realização dos testes por parte dos alunos e devem ser recolhidos ao final da prova.
            São coletadas, ainda, informações sobre o clima acadêmico da escola, clima disciplinar, recursos pedagógicos disponíveis, infraestrutura e recursos humanos. Na mesma ocasião, é preenchido pelos aplicadores dos testes um formulário sobre as condições de infraestrutura das escolas que participam da avaliação. De posse desses dados, é possível o estudo dos fatores associados ao desempenho dos alunos.

            12 – COMO O PROFESSOR PODE PREPARAR SEUS ALUNOS PARA FAZEREM A PROVA?
            O trabalho normal da escola, cuidando para que cada aluno tenha um adequado processo de aprendizagem, garante o bom desempenho nestes exames.
            De todo modo, pode-se conhecer e entender as matrizes de referência da avaliação disponíveis no sitio do Inep. Nela, os descritores estão detalhados e há exemplos de questões (itens), que podem ser examinados pela comunidade escolar.

            13 – COMO SÃO CALCULADAS AS NOTAS? (APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS)
            As médias do Saeb e da Prova Brasil não vão de zero a dez, como as avaliações tradicionais cujas notas refletem o volume de conteúdo que o estudante acerta.
            Para entender o que significam as notas dessas duas avaliações em larga escala deve-se partir do pressuposto que, diferente de uma prova clássica como a que o professor aplica a seus alunos em sala de aula, os testes da Prova Brasil e do Saeb são construídos metodologicamente para avaliar sistemas de ensino, e não alunos.
            As médias são apresentadas em uma escala de desempenho capaz de descrever, em cada nível, as competências e as habilidades que os estudantes desses sistemas demonstram ter desenvolvido. Há uma escala descrita para as habilidades em Língua Portuguesa e outra para Matemática.
            Dentro de cada uma das disciplinas, a escala é única e acumulativa, para todas as séries avaliadas – a lógica é a de que quanto mais o estudante caminha ao longo da escala, mais habilidades terá acumulado. Portanto, é esperado que alunos da 5° ano alcancem médias numéricas menores que os de 9° ano e estes alcancem médias menores que as alcançadas pelos alunos de 3º ano do ensino médio.

            14 – COMO SABER SE A NOTA NA PROVA ESTÁ BOA OU RUIM?
            Ao apresentar os resultados da Prova Brasil e do Saeb, o MEC não tem o intuito de ranquear sistemas, ou impor parâmetros de qualidade que firam a autonomia das redes de ensino.
            O objetivo é que os resultados apresentados sejam incorporados pelos professores, diretores, gestores e pela própria sociedade, e que fomentem o debate e um trabalho pedagógico que subsidiem a melhoria da qualidade educacional dos sistemas.
            Cada nível da escala apresenta as habilidade que os alunos desenvolveram, com base na média de desempenho e distribuição dos alunos de cada rede ou escola nesta escala e sua interpretação pedagógica, a rede ou a escola pode se comparar seus resultados com seus próprios objetivos, observando, por exemplo, até que ponto as habilidades que foram planejadas para seres trabalhadas com seus alunos foram alcançados.

           
            15 – OS RESULTADOS SÃO COMPARÁVEIS AO LONGO DOS ANOS?
            Sim. A Prova Brasil e o Saeb utilizam recursos metodológicos para garantir a comparabilidade dos seus resultados, como por exemplo, a utilização da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e a manutenção de itens ancoras ao longo da história da avaliação.

            16 – É PRECISO FAZER O SAEB E A PROVA BRASIL PARA TER IDEB?
            Sim. As médias de desempenho nas avaliações são utilizadas para o cálculo do Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que é o eixo do Programa de Metas Compromisso Todos pela Educação, do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação). Assim, a avaliação passa a ser a primeira ação concreta para se aderir às metas do Compromisso e receber o apoio técnico/financeiro do MEC.

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